quarta-feira, 18 de abril de 2012

Serra parte para cima de Amaury Ribeiro Jr. o autor da Privataria


Fonte: Brasil 247

Serra parte para cima do autor da Privataria 

PRÉ-CANDIDATO DO PSDB EM SÃO PAULO RESOLVE ACIONAR NA JUSTIÇA AMAURY RIBEIRO JR., O AUTOR DO LIVRO PRIVATARIA TUCANA; POR QUE AGORA?; PORQUE SERRA OUVIU DE FONTE SEGURA QUE O ARAPONGA DADÁ, QUE SERÁ INVESTIGADO PELA CPI DO CACHOEIRA, CONTRIBUIU DE ALGUMA FORMA PARA A PRODUÇÃO DA OBRA

247 – Demorou, mas o tucano José Serra resolveu acionar na Justiça o jornalista Amaury Ribeiro Jr. e a Geração Editorial pela publicação livro Privataria Tucana. A infomação foi dada em primeira mão pelo jornalista Luiz Carlos Azenha, no blog vi o mundo. Segundo Azenha, Amaury recebeu a notificação nesta quinta-feira.
O que Azenha não disse é que Serra se sentiu confortável para processar Amaury depois de receber a informação de que o araponga Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, contribuiu com informações para o livro. Dadá estará na linha de tiro durante a CPI do Cachoeira, que será criada nesta quinta-feira pelo Congresso Nacional. O araponga de Cachoeira já foi mencionado como possível integrante do comitê de campanha da então candidata Dilma Rousseff, em 2010 – ele teria sido contactado pelo comitê eleitoral para cuidar da segurança da casa onde funcionava a campanha da hoje presidente Dilma.
Na ação de indenização por dano moral, Serra pede que o cálculo do valor a ser pago, em caso de condenação, seja baseado na vendagem do livro, levando em conta o preço de R$ 34,90. “Esse componente da indenização deverá ser fixado sobre parte do valor de capa, não inferior ao percentual praticado para a remuneração do autor e não inferior à margem de lucro da própria editora, de modo que os réus não prossigam auferindo lucros que resultem de uma conduta ilícita”, diz a ação.
Serra alega ter sido acusado, no livro, de receber propina de empresas envolvidas nas licitações realizadas nos processos de privatização de empresas públicas nacionais, valendo-se da sua condição de Ministro do Planejamento e coordenador do programa de desestatização no Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso; e de ter criado rede de espionagem para investigar Aécio Neves, Governador do Estado de Minas Gerais — a quem teria chantageado — valendo-se, para tanto, da sua condição de Governador do Estado de São Paulo e do uso de recursos do Tesouro paulista.
Segundo Amaury, Serra não foi acusado diretamente, no livro, de receber propinas. “Como não consegue contestar o conteúdo do livro, a ação indenizatõria se baseia em fatos deturpados por Serra ou distorcidos pela imprensa durante a campanha eleitoral de 2010″, disse Amaury a Azenha. Na ação, Serra diz que Amaury, ao depor na Polícia Federal, teria confessado a quebra de sigilo de parentes do tucano, “o que não aconteceu”, afirma o jornalista.
“A ação é fraca, uma piada, uma aberração jurídica, que com certeza me dará subsídios para escrever a Privataria Tucana II”, considera Amaury. “Foi feita na prorrogação do segundo tempo, só depois que o Serra se declarou candidato a prefeito, para que ele se justifique se o tema vier à tona durante a campanha eleitoral”, continua. “Eu nunca perdi uma ação na minha vida e não vou dar ao Serra o prazer de ficar com o dinheiro de meu trabalho”, concluiu, em declaração a Azenha.

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