quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Augusto Nunes: o Cloaca não é fashion!


Sempre considerei este Augusto Nunes um sub Reinaldo Azevedo com a mesma fleuma de caráter, mas com uma imaginação menor, mas tudo bem, vindo de onde vem torna-se compreensível. Ambos naturalmente e, por vias naturais, são o tipo de profissionais  excretados pelo Cloaca News, mas dessa vez  Nunes, se supera ao criticar aquele que faz do ofício  denunciar o típico profissional que se aventura nas letras mesmo sem ter intimidade com elas, mas mesmo assim, ousa pela capacidade inata de flexibilizar a coluna quando o objetivo é adular o interesse de quem lhe paga o sustento.
Estou errado? O “seo” Nunes gasta tempo e verbe para desqualificar o Sr. Cloaca  não através da argumentação e do contraponto de idéias, mas através do senso  estético do Sr. Cloaca,  incompatível com o estilo Nunes de ver e sentir a moda e seus melindres.
Em sua argumentação fashion, Nunes desacerta até nas cores da indumentária do denunciado.  Escorrega no padrão e tamanho demonstrando um daltonismo de percepção da realidade característico daqueles cuja vida foi permeada por equívocos tomais, em especial, em relação a cor vermelha.
Tal característica estética e de caráter profissional é perfeitamente explicável e compreensível quando dilatamos um pouco a visão e observamos com acuidade sociológica o público de Nunes, de Reinaldo e por via de conseqüência da Veja.
Mesmo aquele cujo olho bom é único e indivisível, percebe – e não é novidade - que o leitor funcional de Nunes é outro e organicamente distinto daquele que acompanha o Sr. Cloaca em suas manifestações  higiênicas sobre a mídia.
 Nunes escreve para outro público, daí a sua pretensão estética.  Escreve para aqueles que precisam de argumentos para melhor destilar suas frustrações e preconceitos diários e ancestrais. É compreensível, portanto, este estilo daltônico de quem vive para servir. Ambos, colunista e leitores se retroalimentam, formando um círculo onde apenas se evidência  aquilo que se quer ver ou sentir, daí, dane-se a argumentação, o contraponto de idéias, quem precisa delas, quando se tem a avacalhação preconceituosa e desmedida?
Mesmo se aventurando, sem lenço e sem documento, pelas paragens da moda na vida mundana, Nunes, mesmo sendo aluno esforçado de outros fashionistas de estilo duvidoso, peca, no quesito caráter. Desconhece o colega do Reizinho da Veja que para algumas pessoas, moda e indumentária são quesitos secundários e não pré-requisitos inerentes  aqueles cuja aparência tenta “daltonizar” a transparência das idéias e intenções. Nunes, no entanto, possui a pertinência dos profissionais que buscam sempre  satisfação  do cliente, até quando finge desconhecer  que, com relação ao Sr. Cloaca, o buraco é mais embaixo.  Mutatis mutandis, profissional e cliente se completam e vivem a vida a difamar a cloaca alheia, sem observar a sua, e é por isso que este tipo Nunes de profissional sempre encontrara um miché de mercado para depositar publicamente aquilo que muitos fazem na privada.
Afinal, sabemos nós, sabe Nunes e seus patrões da Veja que “ com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma."

                                                                                                                                                       

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